terça-feira, 3 de agosto de 2010

Uma Viagem no Tempo, parte 1 A ida




Já passava das oito da noite quando saímos em direção a região das missões. Fora uma viagem planejada com meses de antecedência, e muito aguardada.
Para aquela região têem-se várias alternativas de caminhos a serem feitos, optei por um não mais curto porém mais interessante, uma vez que minha esposa não conhecia a região.
Pegando a BR 386 e seguindo por ela até o municipio de Tabaí, trocamos para a RS287, que liga Tabaí até a fronteira com a Argentina, passando por cidades como Santa Cruz, Santa Maria até São Borja. A estrada é bem pavimentada e o único incoveniente éa quantidade de pardais, localizados entre Tabaí e Mariante.
Como todo bom viajante fiz meus cálculos de tempo a ser gasto na empreitada, cálculos estes que nunca dão certo, pois calculamos o tempo de viagem e esquecemos de adicionar a esta conta os reveses encontrados nela, tais como paradas para se ir ao banheiro, que nunca se leva somente o tempo do banheiro, sempre se olha algo para comprar ( o mesmo vale para o cálculo do orçamento da viagem, nunca é o que se pensa). Mas desta vez me puxei neste quesito, como fui pela RS 287, esqueci da ponte que fora arrastada pelo rio Jacuí, há algum tempo atrás, tive que atravessar na balsa. O último horário da balsa é a meia-noite.Perto da ponte caída há uma entrada à direita, estrada de chão batido em meio a vegetação alta, árvores, plantação de arroz e em alguns trechos perto do próprio rio, sinalizada por pequenas placas indicando o local da travessia. Entramos na fila e em alguns minutos estávamos dentro da balsa que tem um nome bem sugestivo "Deusa do Jacuí".Para ajudar um vendaval que não dava para manter-se de olhos abertos tamanha poeira, entretanto vivemos nosso momento "Titanic" na já eterniada cena "...king of the world...". Mas e daí?! estávamos em viagem de passeio, posso dizer em Lua de mel, não havia pressa, a conversa era agradável, a companhia mais ainda, a noite estava linda, a reserva no hotel de São Miguel da Missões estava acertada, então tudo era felicidade.
Feita a travessia ingressamos novamente na estrada e nos colocamos em ritmo de viagem.Chegamos em Santa Maria pouco depois da meia noite, e após para estratégica para o banheiro, trocamos de estrada novamente, passando da RS 287 para a BR 158, subindo pela Garganta do Diabo, em direção à Julio de Castilhos e Cruz Alta, é bom advertir que depois de Santa Maria os postos de combustíveis fecham a noite, encontrando algum aberto somente perto de Cruz Alta.
Sempre digo que não é vergonha nenhuma ter um mapa dentro do carro, e tão pouco le-lo quando necessário, e foi o que aconteceu quando cheguei em Cru Alta. Passei o trevo que dá acesso à Ijuí, parando uns quilômetros mais adiante, resolvi olhar o mapa pois onde me encontrava era um entroncamento que dava acesso à Panambi, Passo Fundo e Carazinho. Olhando no mapa me localizei voltamos e seguimos pela estrada certa a RS 344, que diga-se de passagem corta um caminho e tanto. Seguimos por ela até a BR 285, sendo esta a última estrada a ser utilizada até o acesso a São Miguel das Missões,já passava das duas horas da manhã. Mas como disse antes a noite estava linda, o vento forte, minha amada dormindo e eu já estava escutando as rádios locais... às três horas e quarenta e cinco minutos acessei para São Miguel das Missões e às quatro horas da manhã chegamos em nosso quarto da pousada.
Hora de fazer check-in, arrumar as coisas , tomar um banho e cama, pois de manha já é hora do regresso no tempo da história...

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