sábado, 3 de maio de 2014

Rolante

Vai aí mais uma dica para um passeio que se pode classificar segundo o dito popular, bom, bonito e barato. Nosso destino de hoje é a pitoresca cidade de Rolante. Rolante possui vários atrativos, hoje vou falar somente sobre um deles, que é o Caminho das Pipas. Ao chegar na cidade já somos cativados pela organização, limpeza das ruas e pelos prédios antigos, vários datam de 1921, 1935 1920 e por aí vai. A cidade é bem sinalizada, com indicação constante de pontos a serem visitados. Rolante detém o título de Capital Nacional da Cuca e faz jus a referida comenda. Comprei uma cuca que não sobrou um único pedaço para contar a história dos outros. Disputa junto com Passo Fundo a posse por nosso querido Teixeirinha. Apesar dele ter nascido em Rolante. Seguindo pela avenida Borges de Medeiros logo chegamos na confluência com a Av. Getúlio Vargas , onde encontramos a Rua Coberta, a praça com o monumento a Teixeirinha e a Igreja Matriz. O Caminho das Pipas pode ser acessado tanto pela estrada Areia, que é uma extensão da Av Borges de Medeiros, quanto pela Morro Grande onde o acesso se dá pela Getúlio Vargas. Prefiro ir pela estrada da Areia, depois de uns dois quilômetros o asfalto acaba e percorremos cerca de dezoito quilômetros de chão batido, esta estrada de terra é muito boa, sem buracos ou pontos críticos de barro. A paisagem é muito bonita, tendo aqui e acolá construções muito antigas, do inicio do seculo XX. Após uns trinta minutos percorrendo este caminho, contemplando a paisagem, chegamos a localidade de Boa Esperança. Já nas proximidades de Boa Esperança encontraremos pequenas vinícolas, que funcionam também como pequenas cantinas. Um detalhe que deve ser atentado é que por serem pequenas e em fins de semana a procura é grande recomenda-se reserva. Em Boa Esperança há uma Igreja, um prédio, para quem é mais nostálgico um posto telefônico com a placa da já extinta CRT, e uma casa de massas. Ao lado da Casa de Massas há uma estrada que leva até Rolante, é a estrada de Morro Grande. Recomendo entrar nesta estrada, descer a lomba, passar por uma pequena ponte, subir e logo em seguida para no Restaurante Cantina da Figueira Branca. Tem-se como refeição típica comida caseira italiana, que pode ser acompanhada com suco de uva feito pela família que trabalha no local. A salada é temperada com vinagre de vinho tinto que também é produzido de forma artesanal. A sobremesa é um espetáculo. Para quem nasceu, ou tem parentes de origem italiana que se criaram comendo a comida da nona, é indiscutivelmente uma volta ao passado. Quem quiser pode comprar os produtos que são produzidos por lá, isto vale para qualquer uma das cantinas. Também vale a pena conhecer ainda no Caminho das Pipas a Cascata das Três Quedas, após alguns lances de escada há um acesso em madeira até um mirante, ali rendem boas fotos e ótima paisagem. Para chegar em Rolante pode-se ir até Taquara via RS 020 e após acessar a RS 239 até Rolante, ou acessar a RS 239 para quem vem do vale do Sinos, até Taquara, depois continuar por ela até a cidade. Para quem esta na região de Santo Antônio da Patrulha, pode acessar via RS 474 até a RS 239 e já entrar no perímetro Urbano de Rolante. O tempo de viagem fica em cerca de uma hora e a distância em torno dos 100 km. Ah! já ia esquecendo, também pode comprar chocolate caseiro de ótima qualidade. Bom pessoal, agora é com vocês, já dei o ponta pé inicial, já instiguei a vontade de conhecer novos lugares... é só abastecer o carro, colocar uma roupa legal, carregar a bateria da máquina ou celular o Iphone e se preparar para a diversão. Caso alguém queira seguem alguns contatos: da Cantina Figueira Branca (51)3778.4652/98149016, vinhos e sucos Don Franchesco (51) 21089682/96479339 ; vinhos e sucos Dalla Rosa (51) 99489097/37784613. Mas vocês podem encontrar outros no site da prefeitura de Rolante. Agora vou deixar umas fotinhos pra deleite de vocês. Abraços e até a próxima.

sexta-feira, 28 de março de 2014

São Chico

Mais um opção para um passeio na serra. Esta sugestão serve para quem quer somente passar o dia ou um fim de semana na companhia da pessoa amada ou simplesmente na companhia de amigos. Estamos falando de São Francisco de Paula. Para aqueles que querem somente fugir do stress da cidade , talvez ficar alguns momentos contemplando a paisagem às margens do Lago São Bernardo pode ser a solução. Para aqueles que querem interagir um pouco mais com a cidade sugiro estacionar na avenida central e passear pelo canteiro central, que serve como passeio, possui bancos e é bem arborizado. Se quiser para para tomar um café ou chá na Casa de Chá. Mas para os mais românticos que associam a serra a momentos a dois, temos ótimas opções de hospedagem. Para os amais requintados há a Pousada do Engenho ou o Hotel Cavalinho Branco, este último na beira do Lago São Bernardo. Se o seu caso for daqueles que gostam de um certo isolamento e um momento mais íntimo com a natureza fica a dica da pousada do parque das 8 Cachoeiras, com Cabanas, trilhas e uma vista fantástica. Mas saco vazio não para em pé, a questão gastronômica é bem diversificada, pode-se tanto comer um autêntico churrasco na vala, ou apenas um X irado no X Dona Laura, que fica na avenida principal ao lado do posto Charrua. E para encerrar que tal uma passadinha no Templo Budista na volta para cuidar um pouco da espiritualidade, antes de retomar a vida agitada da cidade. Não pode ficar de fora a Pousada Veraneio Hampel, fica no caminho de quem vai ou vem de Canela. Já me hospedei lá, e é uma viagem no tempo. O Prédio do hotel é muito antigo, e há uma sala que conta a história do local. Antigamente mandava-se de Porto Alegre para os Campos de Cima da Serra, as pessoas que tinham problemas respiratórios. Uma Vez que supunha-se os ares da serra serem curadores. Muitos iam para esta pousada que na época tinha caráter quase que hospitalar. As pessoas iam até a cidade de Taquara e subiam para São Chico de Coche. Faziam este percurso em aproximadamente 10 horas. Mas quando implantaram o serviço de Omnibus este tempo caiu para apenas 8 horas, para percorrer 37km. Ok!, mas como se chega lá. Aí vão algumas opções de roteiros para chegar em São Francisco de Paula. 1) se você sair de Porto Alegre, pode tanto seguir até a RS 239 em Novo Hamburgo, acessá-la e ir por ela até Taquara, então siga pela RS 020 até São Francisco de Paula. 2) Também saindo de Porto Alegre você pode passar por Cachoeirinha acessar direto a RS 020 em Gravataí, e seguir até São Chico. 3) Se você quiser ir à São Chico , mas antes quer dar uma passadinha por Gramado e Canela, sem stress. Vá até Gramado e Canela, em Canela siga as indicações para São Francisco de Paula, e 36km depois você estará na cidade. 4) Agora esta indicação é para os mais audaciosos. Siga pela BR101 até Terra de Areia , acesse a Rota do Sol e chegue a São Francisco de Paulo. Dica importante: A sinalização na cidade não é lá essas coisas, então se você tiver que pedir informação, aproveite e solicite que lhe indique também um ponto de referência. Então como de costume algumas fotinhos de lá.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Joinville Parte I

Hoje convido vocês a irmos mais longe. Vai ser uma postagem diferente. Estive recentemente na cidade de Joinville, pra quem não conhece é uma ótima oportunidade de turismo. Requer um pouco de paciência pois fica distante de Porto Alegre, quase na divisa de Santa Catarina com o Paraná. Entretanto para aquele que tem o espirito aventureiro e a vontade de conhecer lugares novos será bem recompensado. Então vamos a nossa viagem. Saindo de Porto Alegre lá pelas 6 horas da manhã , chegarás por lá em torno das 14 horas. Saindo da Capital pegue a BR 290 (free-way) que logo depois de Osório de transformará na BR 101. Recomendo o café da manhã no restaurante Doce Lago, que fica perto do posto da PRF, no mesmo lado que você está dirigindo. Ali os lanches são bem preparados e bem novinhos, vale a pena. Retornando a estrada você tem uma estrada em boas condições e bem sinalizada, os pontos que precisam de mais atenção são bem conhecidos de todos, mais vai aí a dica para quem não tem o hábito de rodar muito pela 101, temos obras em Araranguá, em Tubarão e o gargalo de Laguna.Mais uma dica é que em Santa Catarina a vigilância da rodovia é feita por câmeras, como diz o catarina é um BBB (Big Brother da BRl0l), então é bom não abusar da sorte. Em quase toda a extensão a velocidade máxima é de 110km/h o que dá uma boa média. É possível curtir a paisagem e se você não estiver com pressa pode parar para curtir as praias da região. Lá pela hora do almoço você já passou Floripa e adjacências, existem muitas alternativas para o almoço, mas se aparecer a dúvida de onde parar aquele ditado que onde tem muito caminhão parado, tem comida boa e barata é valido e pode ser usado. Em uma viagem longa assim é interessante dividi-la em partes, faça Porto Alegre/Osório (café), Osório/Itapema (almoço, pode-se ir mais para frente pra aliviar o preço), Itapema/Itajaí, parada no posto da rede SIM, bem estruturado para repor as energias, esticar as pernas e então a ultima parte Itajaí/Joinville. Nesta viajem parei em Tijucas, no restaurante Rosoni. Sou fã dos Hostels ou Albergues da Juventude. Lá em Joinville há um bem localizado, e as diárias nestes estabelecimentos que se espalham pelo Brasil afora e pelo mundo também, são bem acessíveis. Então recomendo que você faça sua carteirinha e desfrute destas vantagens. Acesse www.albergues.com.br e faça o cadastro. Neste trecho catarinense existem somente dois pedágios que pela bagatela de R$1,80 cada proporcionam uma estrutura com guincho, ambulância e paradouros ao longo da estrada. Mas chega de rodar, e já é hora de adentrarmos na Capital da Dança. Joinville é uma cidade de fácil locomoção, ruas bem sinalizadas, limpas, e até onde eu consegui notar fáceis de estacionar. Porém eles costumam usar o sistema de binário, então para quem não está acostumado pode ser meio complicado, mas depois de pegar o jeito é moleza de andar por lá. A cidade respira sua própria história e um dos lugares que visitei e que me deixaram empolgado foi o museu do Imigrante, que conta a história dos imigrantes que chegaram até aquela cidade. O acervo conta com doações de família tradicionais além de estar sediado na casa que pertencia ao representante do império na região. Em frente ao museu temos a rua das Palmeiras, com algumas centenárias, porém algumas já foram substituídas. No museu há também uma ala que contempla modelos de carroças da época e temos uma casa mobiliada e com utensílios também usados pelos colonos. Isso sem falar na escola de dança Bolschoi que possui uma sede em Joinville e presenteia a quem quiser vê-los, nas sextas-feiras nos horários de 13:15 e 17:15 horas, importante ressaltar que os espetáculos são gratuitos e iniciam pontualmente no horário marcado.. Outro ponto da cidade são os monumentos e os parques,são vários pela cidade.Além de nos domingos a avenida Beira Rio ficar com uma das mãos bloqueada para uso da população. Fica também a dica do Mirante da cidade, porém ele esta em obras para reforma, deve estar liberado para visitação até o fim de março de 2014. Joinville é uma cidade que vale a pena ser conhecida. Estacionar em uma rua e sai a pé vendo com calma a sua arquitetura e também os costumes de seus habitantes, sempre digo que se conhece uma cidade ou lugar observando as pessoas que lá vivem, interagindo, e não somente subindo e descendo de ônibus que tem lugar e horários marcados. Bem , como sempre faço ficam aqui algumas fotos para vocês conhecerem melhor a cidade. até a próxima.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Serra Por Outro Ângulo Parte III

Logo depois da passagem por Barracão, há uma entrada à esquerda indicando para Pinto Bandeira.São aproximadamente 13km em uma estrada de asfalto sinuosa, que nos leva até o centro de Pinto Bandeira. A cidade é bem bucólica,tem uma praça muito bonita e arborizada no centro da cidade e a igreja. E roseiras fazem o ornamento das ruas. Logo no inicio do temos em nosso caminho a pousada FOMASTER, ali encontramos, além da pousada, um restaurante e uma vinícola. Para quem quer uma recordação há um mirante de onde se vê a cascata dos amores, e também se tem a vista da cidade de Bento Gonçalves. O restante da estrada é ornada por capelas, aquelas típicas encontradas em cidades de origem italiana, estas capelas também são chamadas por alguns, principalmente pelos mais antigos, de Capital. Algumas pessoas que comentam os posts comigo, perguntam porque posto fotos de igrejas, ao que respondo: no ínicio da colonização do RS pelos imigrantes, tanto italianos quanto alemães, a igreja era o ponto de encontro da cidade. Depois de construída a igreja, erguia-se o salão paroquial, e então as reuniões da comunidade eram feitas nestes locais. Além de em muitos casos indicar a idade do município, uma vez que as cidades se transformam, seguindo as tendências da modernidade, as igrejas mantem-se integras. Você nunca viu ima igreja ser derrubada para construção de uma mais moderna, até se pode construir uma mais nova, mas a antiga permanece. Bem pessoal, aí esta mais uma dica de passeio, encerrando assim a passagem pela serra, ou melhor, por parte dela. fiquem com umas fotinhos.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Serra Por Outro Ângulo Parte II

Olha aí, como prometido estou postando a segunda parte da viagem que fiz e que trago como sugestão para o deleite de vocês, acompanhados pela família ou romanticamente com sua alma gêmea... Porém para o post não ficar muito longo vou fazer uma terceira postagem, bem mas vamos lá... A cidade escolhida por mim foi Bento Gonçalves. Apesar da cidade ser turística o comércio fecha aos sábados, ficando poucas opções. E no domingo a cidade pára restando para o lazer o shopping, e é claro as opções turísticas. O vale dos vinhedos é nosso ponto de partida, temos ali muitas vinícolas e opções de gastronomia. Logo no inicio temos a Queijaria Valbrenta, lugar certificado para venda de queijo. Ideal para quem gosta de qualidade. Temos também adiante, galetrias e restaurantes com comida típica italiana e ótimo atendimento, fica díficil fazer indicações pois as opções são muitas, mas ficam algumas dicas: o restaurante Maria Valduga, localizado na Vinícola casa valduga, ou o restaurante Giordani, localizado pouco antes da casa valduga. Após conhecer alguma vinícola, apreciar degustação de ótimos vinhos, é hora de conhecermos alguns barzinhos na noite, na rua do hotel Dal'Onder, perto da Igreja em forma de Pipa, temos vários, que se dividem entre pequenos pubs e pizzarias. Alguns com mesas sobre decks, ótima opção para noites quentes. Mas já que se está na serra, tem-se a opção de janta ou almoço no restaurante giratório, fica em uma torre réplica da existente em Toronto no Canadá, leva-se cerca de duas horas para dar uma volta completa. A dica durante o almoço é não se fixar o olhar em um ponto, pois você pode ficar tonto. Depois suba até o terraço e olhe na paisagem através de uma luneta potente, é possível ver Caxias do Sul, Gramado , Bento Gonçalves. Entretanto para este deleite é necessário sair de Bento e subir para a cidade de Veranópolis. Domingo pela manhã, após o check-out saia de Bento por Barracão, indo em direção ao Caminho de Pedra. Ali as opções são várias. temos casas históricas, restaurantes, ervateiras, então vamos por partes. No inicio da estrada, após passar por Barracão, temos algumas casas de imigrantes italianos. O interessante sobre estas casas é que antes eram de dois andares, porém durante a II guerra, muitas destas casas perderam o andar superior, para evitar a perseguição aos italianos, uma vez que a Itália fazia parte do eixo, e a casa dos italianos era reconhecida por terem dois andares. Seguindo adiante encontramos o restaurante Nona Ludia. Diz a lenda que durante a construção desta casa, toda feita em pedra, o pai da família, que veio para o Brasil viúvo (a esposa morreu durante a viagem da Itália para o Brasil) e com dois filhos, teve que voltar a europa a convite de um empreiteiro conhecido seu, encubindo seus dois filhos adolescentes da tarefa de terminar a construção da casa. No mesmo local há uma figueira com um buraco entre suas raízes. Então durante o dia os dois jovens trabalhavam na tarefa que seu pai deixara para eles e à noite dormiam dentro deste buraco na figueira, para assim despistar os índios que rondavam a região. depois que a parte debaixo da casa ficou pronta, entraram para a casa que se parecia com uma fortaleza feita de pedras. Bem mas vamos adiante, passando o restaurante encontramos um conjunto de construções típicas, em madeira, se pode comprar produtos a base de ovelha, na Casa da Ovelha, e para o momento do almoço, há o restaurante Vanini, com comida a la carte, mas você não pode esquecer de fazer reserva, pois a construção em madeira tem limitações quanto ao número de pessoas. Para finalizar as indicações fica a Casa da Erva Mate, onde encontramos produtos à base de erva mate e conhecemos o processo de beneficiamento da erva tanto como era feito antigamente, como nos tempos modernos. E para quem quer deixar seu lado espiritual em dia, vale a pena dar uma esticada para conhecer o Santuário de Caravággio, para chegar até lá é só seguir em frente até o fim da estrada, haverá uma outra estrada que cruzará a estrada que você esta, atravesse e siga em frente, você trocará o asfalto pelo paralelepípedo, até o santuário. E chegamos ao fim desta segunda parte da viagem... Agora curtam as imagens... incluindo as fotos da Rota do Sol que prometi ontem na parte I...